terça-feira, 29 de setembro de 2009

A grande diferença entre José Sócrates e Cavaco Silva.

Sabem qual é a grande diferença entre José Sócrates e Cavaco Silva?

É que José Sócrates nunca teria feito o discurso pobre, mal feito, cheio de ambiguidades e parcialismos(ao contrário do que Cavaco afirmou no próprio discurso, aliás) que proferiu Cavaco.. e isso faz toda a diferença.. a um político exige-se que seja capaz de produzir um discurso claro, corrido e inteligente, coisa aliás, em que Sócrates é Rei. Sócrates tem sido aliás bastante cívico e educado neste tema, como lhe é característico quando fala de assuntos institucionais, tentando não dizer muito sobre o assunto. Aqui se vê a diferença entre um bom e um mau político. Aprenda Cavaco.


Em relação às declarações do PS, acho que foram sensatas, claras, e serenas. Obviamente que as "escutas" são um caso de paranóia colectiva com que foi acometida a assessoria de Cavaco, e o próprio Cavaco.

Cavaco ao proferir o seu discurso acabou por não ter o papel que lhe cumpria enquanto Presidente, o de mediação, e apaziguação. Fez um discurso insensato, parcial, e acusatório, algo que não compete ao Presidente. Cavaco esteve, nesta noite, muito, mas muito mal.

Quem é, afinal, Cavaco Silva?

Face ao pobre discurso do Presidente, que se não fosse tão sério, até seria uma verdadeira comédia, gostaria de dizer mais o seguinte:

- Vimos um homem, que se diz imparcial (e que deveria sê-lo pelo cargo que ocupa), defender claramente os interesses do PSD e fazer ataques ao governo (um Presidente NÃO PODE fazer isto!)

- Vimos um homem que leu um texto que um qualquer dos seus assessores escreveu, texto que leu de forma aliás errada, um discurso que duvido corresponda de facto ao que ele "pensa" se é que ele "pensa" alguma coisa neste momento (ficou a dúvida)

-Vimos um homem fazer insinuações brutais numa época difícil em que o país passará a ter um novo governo.

-Vimos um homem dizer que não gosta de ser incomodado nas suas férias por membros do governo, quando em Portugal há gente que se mata a trabalhar para lhe pagar aquele salário.

-Vimos um analfabeto funcional admitir em público que não percebe nada de "emails" ou dessas modernices produzir afirmações estapafúrdias sobre segurança em sistemas informáticos, que se não viesse de onde vem, até poderia ser de rir até cair.

Enfim, ainda há gente que se queixa do RSI, que muito boa gente recebe, andamos nós aqui a sustentar este verdadeiro mandrião com um salário 30 mil vezes superior ao RSI, que quer é estar na sua casa no Algarve e que o deixem em paz.

Infelizmente este homem de que vos escrevo é Cavaco Silva, o nosso Presidente da República, que pelo cargo que ocupa muita gente leva a sério... e isso indigna-me profundamente.

E a montanha pariu o rato (palminhas, palminhas!!)

Afinal eu tinha razão! (é sempre bom saber que se tem razão!)

Cavaco Silva produziu um discurso críptico, sem qualquer valor factual, a não ser a confirmação de que também ele foi acometido pela doença da "paranóia colectiva", que pelos vistos afectou metade da sua Casa Civil, e ainda mais alguns direitistas de carteirinha, para além dele próprio obviamente.

Mas vamos por partes - primeiro vamos aos factos:

1) Cavaco confirma que o seu nome foi utilizado indevidamente por Fernando Lima e daí vem o seu afastamento;
2) Não houve escutas nenhumas, apenas uma TOTAL e COMPLETA crise paranóica.

Estes são os únicos dois factos que se podem retirar das declarações do Presidente.

Em seguida, vamos procurar analisar algumas das afirmações do Nosso Presidente contidas na sua declaração de hoje:

a) O primeiro facto que aprendemos foi que o Sr. Presidente foi profundamente incomodado nas suas férias, por uns tipos horríveis do PS, como se isso não fizesse parte do seu cargo. Esta afirmação denota arrogância e pretenciosismo, e até mesmo preguiça. Cavaco foi eleito para estar SEMPRE disponível para os portugueses.

b) Cavaco Silva acusou o PS de o procurar "encostar" ao PSD. Hello, Cavaco???? Ninguém precisa de o encostar ao PSD, todos nós sabemos que o sr. É do PSD, se não mesmo que É o PSD ou, pelo menos, foi o PSD. Se de facto foi confrontado por membros do PS para se pronunciar, porque não ignorou simplesmente o facto, ou os convocou para se explicarem, ou convocou até mesmo uma conferência de imprensa? O ultimato de que fala parece-me um exagero disparatado, o Sr. Presidente não é obrigado obviamente a responder a nada. Esta afirmação denota um profundo mal-estar com a presença de um partido que não o seu no governo.

c) Fala da tentativa de o puxar para a propaganda politico-partidária e de tentarem manipular a opinião pública, mas a manchete do Público de 18 de Agosto não teve o mesmo efeito, se não mesmo pior? Porque preferiu omitir por completo o comportamento do jornal o Público? Teve algo a ver com a publicação desta notícia? Esta afirmação denota parcialidade por parte do Presidente da República.

d) Afirma que não há crime em alguém sentir "desconfiança" das afirmações de outrém. Ora, da mesma forma que não há crime em se sentir desconfiança das afirmações de outrém, também não há crime em que esse outrém se defenda das acusações de desconfiança, e queira limpar o seu bom nome! Esta afirmação é aliás um pouco pobre e supérflua. Utilizar do senso-comum popular não fica bem a um Presidente, do qual se exige um discurso mais elevado e racional. Esta afirmação denota falta de nível intelectual por parte do Presidente da República

e) Afirma ainda que existem "vulnerabilidades" no sistema informático de Belém... Nas afirmações que fez fica evidente que o Sr. Presidente da República deve entender muito pouco se não mesmo NADA de informática, de emails, etc. Não que seja grave, mas se não percebe nada, mais vale ficar calado. O que tem a ver a circulação de um email interno do Público com a vulnerabilidade ou não do sistema informático de Belém????

f) O presidente afirma que deixou para depois das eleições de domingo as pretensas "explicações" para evitar interferir na campanha eleitoral - apesar de o fazer agora acabando por interferir noutra campanha eleitoral. Será que o Sr. Presidente, que devia de facto ser isento, acha que as Autárquicas não são igualmente importantes para o "Superior Interesse Nacional"? Se o Sr. Presidente acha que trazer este assunto para a comunicação social no passado mês de Agosto foi uma tentativa de manipulação, não podem ser as suas declarações de agora uma evidente tentativa de manipulação também do acto eleitoral que se avizinha? Isto é muito grave.

Finalmente, muito ficou por explicar e, principalmente, o que fica do discurso e do comportamento de Cavaco, é que não é de facto imparcial como afirma ser, e que permite uma ligação "perigosa" entre os seus assessores e a Imprensa, em nome de uma pretensa "lealdade" que tem a esses mesmos assessores, e que devia estar abaixo dos interesses da Nação.

Outra palavra que ficou totalmente ausente no seu discurso foi a palavra "escutas"...

Enfim, a montanha pariu o rato, lá no PSD e nos sindicatos de profes bateram todos muitas palminhas e a telenovela continua... mais uma vez em prol dos verdadeiros problemas da nação e dos problemas das localidades.

Sobretudo, o comportamento de Cavaco ficou muito aquém daquele que deve ser o comportamento de um Presidente da República. Cavaco deu uma no cravo, outra na ferradura. Se por um lado diz que opta por não interferir na campanha política, este discurso demonstra que não tem quaisquer problemas em interferir directamente na política (mesmo que não na campanha legislativa, e apesar de o fazer em plena campanha para as Autárquicas) nacional, ao demonstrar parcialidade e ambiguidade nas suas declarações e ao atacar directamente membros do partido de Governo, que terá de convidar a formar novo Governo daqui a duas semanas.

Que saudades de Jorge Sampaio!

O Passado e o Futuro de Paulo Portas

Enquanto o país vivia a telenovela do FREEPORT, uma telenovela de factóides e insinuações, passou ao lado da imprensa nacional o descalabre total que foi o processo de aquisição de submarinos em 2004, quando Paulo Portas era Ministro da Defesa.

Paulo Portas, durante a campanha, falou muito em contas públicas, em tê-las em dia, em que elas fossem claras, algo que certamente lhe deu muitos votos - mas o que defendeu nos seus discursos, não conseguiu ele fazê-lo quando assumiu uma pasta ministerial (para nem sequer falar do caso "Moderna" que foi mais uma grande confusão) - o que vem demonstrando aquilo que eu tenho vindo a dizer desde sempre - Paulo Portas é um grande embuste mediático, um homem que sabe muito bem mexer-se nos meandros da Comunicação Social, ou não tivesse sido ele o jornalista que foi - mas o que ele diz, certamente nunca colocará na prática.

Todos temos telhados de vidro, é certo, mas Paulo Portas, e a direita em geral, não podem chamar a si o monopólio da verdade e da clareza - como foi feito inúmeras vezes durante a campanha eleitoral, insinuando falta de "clareza" no discurso do PS, em contraste com a política "de verdade" da direita - porque como qualquer outro que se assume detentor da verdade absoluta, um dia isso cair-lhe-á em cima e as críticas choverão certamente.

Aconteceu isso com o PSD durante a campanha, a sua queda foi certamente mais rápida que a queda de Portas que preconizo - e que acontecerá certamente, seja com o caso dos submarinos, seja com qualquer outro caso que venha a aparecer.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Negócios estranhos num período estranho.




A Ongoing chegou a acordo para comprar 35% da Media Capital, noticiam o Público, o JN, e o DN. A Media Capital é a empresa que detém a TVI e a TVI24.


José Eduardo Moniz, o mesmo que saiu há uns meses da direcção da TVI, assumindo o cargo de vice na Ongoing, é o "elo perdido" da mesma empresa que agora compra 29,69% do capital da Media Capital, com possibilidade de chegar aos 35% (sob a forma de dívidas).


De notar ainda que o executivo de Sócrates vetou uma compra por parte da PT de 30% do capital da Media Capital aqui há uns meses.


Apesar de não se prever a participação "física" de JEM na direcção da TVI, que será aparentemente feita por Nuno Vasconcellos, não se descarta a hipótese de JEM ficar como uma espécie de consultor e que a sua experiência nos meios televisivos lhe permita ter um lugar de destaque na escolha de programações, grelhas, etc.


O que para mim é estranho nesta notícia é o facto de ela aparecer um dia após as eleições. É um timing no mínimo estranho para uma operação desta envergadura, que já devia estar "no forno" há bastante tempo, já que é senso-comum assumir que este tipo de decisões de compras não se efectuam de um dia para o outro...


Assim ficam-me várias perguntas:


- Saberia já JEM que a Ongoing e a Prisa estavam em negociações quando assumiu a vice-presidência?

- Saberiam já os jornalistas da TVI das intenções da Ongoing, quando JEM saiu, e mais relevante, quando Manuela Moura Guedes foi afastada?

- O afastamento de MMG teve alguma coisa a ver com esta intenção de compra, ou vice-versa?

- Porque escolheram anunciar a compra após as eleições e não antes?


Nenhuma destas perguntas é ilógica ou passível de receber como resposta que nada se sabia na TVI, ou que a notícia não saiu antes para que algumas suspeitas não fossem levantadas..... está certo que a Media Capital continua a ser accionista maioritária na TVI, mas... ficam as perguntas.


Que é, no mínimo, estranho, é.

Lá fora...




Os nossos resultados eleitorais vistos lá fora....




Final results from Sunday's general election gave PM Jose Socrates 36% of the vote, seven points ahead of the centre-right Social Democrats.
The election campaign was dominated by disagreements over how to deal with Portugal's economic crisis.
Mr Socrates promised large-scale public works while Social Democrats advocated moves to boost private investment.
After the results were announced, the prime minister told cheering supporters in Lisbon: "The Socialist Party has achieved an extraordinary electoral victory tonight."
But correspondents say Mr Socrates faces hard choices about whether to try to form a coalition or rule with a minority government.


Do Le Monde(França):


[...]L'ampleur de la victoire socialiste est un revers sévère pour le PSD, quelques mois seulement après son succès surprise aux élections européennes du 7 juin. La candidate conservatrice, Manuela Ferreira Leite, 68 ans, n'a pas réussi à profiter des fortes critiques qui ont accompagné les derniers mois du gouvernement Socrates. Son manque de charisme et les nombreuses erreurs d'une campagne en demi-teinte ont favorisé sur sa droite le Centre démocrate et social (CDS-PP, populiste) qui obtient 10,5 % des suffrages et 21 parlementaires, un score qualifié "d'historique" par ses dirigeants[...]


Do El País(Espanha):


[...]El descalabro de los partidos conservadores puede provocar que el PS eche una mirada a su izquierda, donde el Bloco de Esquerda y el Partido Comunista suman los votos suficientes para otorgar una mayoría clara a los socialistas. El problema es que las diferencias programáticas entre el PS y la izquierda más radical son considerables, unos y otros se han lanzado ataques durante la campaña, y han rechazado una alianza gubernamental. Nadie contempla la posibilidad de un gobierno de coalición entre socialistas y los partidos a su izquierda, a pesar de que un político del peso específico del ex presidente Mario Soares no ha hecho ascos a un eventual acuerdo con el Bloco de Esquerda. Desde la recuperación de la democracia, en 1974, Portugal nunca ha tenido un gobierno de coalición de izquierda.[...]




[...]Resultados oficiais confirmam a vitória do PS (Partido Socialista), do primeiro-ministro José Socrates, nas eleições legislativas realizadas neste domingo em Portugal, com 36,56% dos votos, conforme já apontavam as pesquisas de boca-de-urna.
O PS, no entanto, perdeu a maioria absoluta que detinha no parlamento. A legenda de Socrates ganhou 37% dos votos, comparados com os 45% que teve em 2005, o que deixa o primeiro-ministro com a delicada tarefa de governar sozinho, em minoria, formar uma coalizão, ou negociar "caso a caso". [...]


Da Reuters(Reino Unido/Canadá):


[...]Portuguese Socialist Prime Minister Jose Socrates won a second term in a general election on Sunday but his centre-left party lost its absolute majority in parliament. That leaves him having to opt to rule alone in a minority government, form a coalition, or negotiate in parliament.
Below is a summary of the next steps required to form the new government:
*Until Oct. 7: announcement of results of voting by Portuguese citizens living overseas, who elect four members of Parliament.
*Oct. 7 to Oct. 17: President Anibal Cavaco Silva meets informally with the leaders of political parties to discuss the election results.
*Until Oct. 17: formal announcement of final results in Diario da Republica bulletin. Only after this date can Cavaco Silva invite the leader of the winning party to become prime minister and form government.
*Oct. 19 or 20: New parliament meets for the first time.
*Until Oct. 27: The new prime minister appoints ministers and presents government program for parliament to debate. The debate can last up to three days, and the program proposal is approved or can be rejected by an absolute majority of members of parliament.
*President Cavaco Silva cannot dissolve parliament and call snap elections in the first six months after the election (March 2010) nor in the final six months of his own mandate, which ends in March 2011.[...]

A montanha vai parir um rato.




Sob pena de cair em chavões, parece que é isso mesmo que vai acontecer - prevejo um discurso críptico da parte de Cavaco Silva, que não se pode comprometer muito desta vez. Cavaco, ao escolher falar apenas após as eleições, acabou por atar as suas próprias mãos, porque neste momento tem de lidar com um Sócrates legitimado pelo povo, e que terá forçosamente de convidar para constituir Governo.


Obviamente não houve escutas nenhumas, atestado disso é a demissão do seu assessor (ou afastamento, o que quiserem chamar, não interessa...) pelo uso indevido do nome do Presidente da República ...


Resta saber se não passou tudo de uma grande paranóia colectiva ou se houve uma tentativa deliberada de prejudicar Sócrates.


Porém, não se exaltem! Amanhã, a montanha parirá um rato. Ficaremos todos na mesma.... por isso não criem muitas expectativas.


Haveria uma forma de sair em grande desta alhada ... mas apenas se Cavaco estivesse à altura - que seria fazer um discurso finalmente "verdadeiro" sobre a grande fantochada que foram as eleições, muito à custa de todas estas fantochadas mediáticas sem validade nenhuma.


P.S. Saia o que sair do discurso do presidente, vai ser delicioso ler o editorial de José Manuel Fernandes do Público no day after.

Sócrates venceu, a esquerda venceu ... as políticas neo-liberais perderam

Não vou fazer quaisquer prognósticos de como será a constituição de Governo porque, na minha opinião - ainda está tudo em aberto. Não só porque estão por definir as cores políticas de quatro deputados (dos círculos Europa e Resto do Mundo), que num parlamento tão renhido poderão fazer enorme diferença - especialmente se o PS conseguir mais de dois deputados neste círculo. Ainda não percebi muito bem por que razão este facto tem sido tão escamoteado.

Porém, acho que o pormenor mais importante a realçar nestas eleições tão renhidas é o seguinte - A esquerda tem maioria absoluta no Parlamento.

Isto indica um claro NÃO às políticas neo-liberais do CDS-PP e do PSD... e custa-me entender como alguns podem interpretar os resultados legislativos como uma vitória da direita, ou do CDS-PP.


José Sócrates é um homem político hábil, inteligente, e sobretudo muito pragmático e deve estar neste momento a equacionar todas as opções que tem à sua disposição.

A coligação com Paulo Portas, pelo menos a meu ver, é difícil, dada a quase total incompatibilidade programática dos dois partidos. Ainda, existe, a meu ver, um claro NÃO dos portugueses às políticas neo-liberais.

O importante para José Sócrates é conseguir governar e continuar as reformas de que o país tanto precisa. Isso será seguramente feito, apesar das alterações das regras do jogo. O importante é manter o optimismo.

domingo, 27 de setembro de 2009

Vitória expressiva, contra tudo e contra todos.

O PS ( e também José Sócrates) tiveram hoje uma grande vitória eleitoral. Contra tudo e contra todos, contra difamações, contra mentiras, contra falsidades. Acima de tudo e de forma mais relevante, o PS obteve uma vitória eleitoral num período difícil de crise internacional, num período em que muitas medidas pouco populares tiveram que ser (e foram!) tomadas na legislatura anterior.

Não há dúvida que a continuidade de José Sócrates enquanto primeiro-ministro foi legitimada. Neste momento é importante que os restantes partidos com assento parlamentar se desviem um pouco do discurso radical que os tem marcado ou, trocando por miúdos, de serem contra apenas por serem contra.

Antes das eleições ainda tinham a desculpa de estarem em período de campanha, sendo compreensível essa atitude no sentido de ganhar ou perder votos, mas neste momento, é MUITO mais importante a responsabilidade política.

É agora que gostaria de ver se os restantes líderes partidários têm tanto jogo de cintura quanto José Sócrates, e acima de tudo, o mesmo sentido de responsabilidade política.


P.S. Em relação ainda Às eleições, há algo que me parece estar a ser um pouco escamoteado nos comentários que tenho ouvido e lido, que é a questão do círculo eleitoral dos emigrantes (2 Europa, 2 Resto do Mundo). Se houver uma reviravolta em relação às eleições de 2005 por exemplo, o PS obteria mais 3 deputados, isso contribuiria certamente para uma maior estabilidade governativa.

O FIM DA IDADE MÉDIA

Conseguimos! Parabéns a todos!.. livramo-nos finalmente de todos estes fantasmas e monstros que nos têm atormentado nas últimas semanas, estando nós a dormir ou acordados, e que nos provocavam pensamentos hediondos, imagens de um Portugal negro, atrasado, isolado, e triste, MUITO triste.

Quanto a mim, ganhou o optimismo, ganhou a felicidade, ganhou o futuro!!

Em relação à campanha, espero que isto seja a prova daquilo que eu tenho vindo a dizer desde o início - PSD, e outros que tais, a opinião pública NÃO É ESTÚPIDA!

A vossa propaganda de insinuações, difamações, mentiras e notícias plantadas de nada serviu.

Assim, fico duplamente contente pelo resultado, porque demonstra que o nosso povo não é de facto ingénuo e não vai em cantigas.

Políticos como Pacheco Pereira, Ferreira Leite, jornalistas como JMF etc.e ainda uma grande percentagem de profes.... e todos os que têm procurado endrominar-nos e envenenar-nos com campanhas de casos, levam agora para casa uma grande bofetada bem dada. Espero que isto sirva de lição e que as próximas campanhas sejam mais elevadas. Chega de sujeiras. Chega de mentiras, de manipulação de números, de histórias inventadas, de asfixias. CHEGA!


Quanto a mim, declaro oficialmente O FIM DA IDADE MÉDIA! A ERA DAS TREVAS ACABOU!!!!

WELCOME BACK TO THE LIGHT!

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

O PSD acaba como começa: com mentiras

Como é que um partido que aceita e apoia a vergonha que se vive na Madeira (que vive sob os auspícios de uma ditadura, em todos os sentidos da palavra) tem a CORAGEM de fazer um discurso deste género?

É de uma hipocrisia quase surreal...

O PSD acaba assim a sua campanha como começou: com as frases que sugerem, com as frases insinuadas, com as acusações infundadas, com as falsidades e as mentiras, com as difamações em praça pública, com aquilo que realmente é o seu programa eleitoral: o maior embuste democrático desde o 25 de Abril.

A manipulação da comunicação social tornou-se insuportável

Ainda há dias chamei a atenção para a situação terrível de asfixia democrática que se vive no Concelho de Gondomar que foi largamente escamoteada pela comunicação social, que "abafou" praticamente o caso.

Agora, a 24 horas da campanha, surge mais uma notícia populista e sensacionalista no Público online.. A CDU acusa o PS local de impedir a realização de um comício num teatro, em Braga.

O que é preocupante é que já algo semelhante havia acontecido À CDU aqui há uns dias por parte de uma câmara de direita, e este caso foi outra vez escamoteado pelos media.

Ainda mais preocupante é a situação insuportável que se vive em Gondomar, e do qual ninguém quis falar.

A comunicação social em Portugal, e em particular o jornal o Público chegaram ao ponto mais baixo da sua existência. O jornalismo em Portugal é irresponsável. Uma vergonha.

Luis Figo apoia a candidadura de José Sócrates...

Luis Figo manifestou hoje de manhã, num hotel em Belém, o seu apoio ao PS nestas legislativas em Portugal. Entretanto, no Público, o grande jornal do grande jornalismo português, nem uma palavra sobre o assunto. Pelos vistos interessa mais a inventona das escutas.

Nas suas palavras:

"Apoio José Sócrates unicamente pelas minhas convicções e pelo trabalho feito nos últimos quatro anos e meio, apesar das dificuldades existentes em todo o mundo. Sócrates é uma pessoa séria, honesta e profissional"

Obrigado, Figo!

Avança Portugal!

Mais uma inventona...

Já repararam que agora o Público vive das notícias dos outros? Ontem foi o dia todo com aquela inventona do José Lello feita pelo Aníbal Amaral.. hoje vai ser o dia todo com mais esta fantochada agora "plantada" pelo Expresso.

Como é óbvio não há escutas nenhumas - e isto é a tentativa final de prejudicar o PS , pena é que como todas as outras o tiro lhes vai sair pela culatra.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Os palhaços também têm tempo de Antena!

Parece que agora os palhaços também têm tempo de Antena em Portugal!

O jornalismo em Portugal - acredito eu - atingiu o seu mais baixo nível de sempre. Nunca vi uma tentativa tão baixa e tão grave de difamação de políticos em Portugal, num ataque sem precedentes da oposição ao governo. Começou como começou, foi-lhe descoberta a careca, mas parece que tentam voltar ao contra-ataque..

Será que pensam que os portugueses são estúpidos? O grande problema das pessoas por trás deste tipo de oposição, e tenho repetido isto muitas vezes, é que passam um atestado de burrice aos portugueses, e ainda não perceberam que a opinião pública não está com eles...

Envie o seu email de indignação à TSF

Caros amigos,


O email é tsf@tsf.pt


Exprimam a vossa indignação por todo este jornalismo irresponsável, incauto, manipulador, precipitado e falso com que os maravilhosos jornalistas portugueses nos têm presenteado recentemente! Eu já escrevi o meu email! Não podemos ficar sentados passivamente enquanto esta gentalha goza com a nossa cara desta maneira! Se o pessoal da TSF receber 100, 1000 , ou 10000 emails talvez percebam que o povo português não é estúpido!

Eu por mim estou FARTO, FARTO , FARTO de notícias mentirosas, manipuladoras, de casos feitos em cima do joelho, de sujeiras lavadas na praça pública. CHEGA

O delírio chegou à campanha ...

Depois dos escândalos todos que envolvem o Público, o PSD, e toda a máquina de invenções de notícias por trás de uma campanha suja e cheia de "inventonas", o Público e a TSF anunciam agora uma notícia delirante e confusa que refere acusações feitas por um tal de Aníbal Araújo que foi expulso pelo partido em 2007 depois de uma série de situações confusas e comprometedoras..

Só gostaria de perguntar ao Sr. José Manuel Fernandes e Co. se se lembram da história do Pedro e do lobo? Estão à espera que a opinião pública caia agora? Andam a brincar com isto tudo certamente...

Já há três dias que alguns sectores jornalísticos andam a tentar "dar a volta" à situação confrangedora em que se meteu o principal opositor do governo, o PSD. Primeiro veio o caso do Juiz Rui Teixeira, depois a estupidez dos Magalhães ... nada disso pega caros amigos, os portugueses NÃO SÃO ESTÚPIDOS.. vai demorar muito até perceberem???

Carta aberta ao CDS-PP

Exmos Senhores,
Dirigentes da campanha do CDS-PP, dirigentes do CDS-PP, e afins.





Gostaria de vos anunciar em primeiro lugar que, que eu saiba, na minha caixa de correio existe um anúncio que diz:




De forma que gostaria de vos devolver a publicidade enganosa e mal-feita que me enviaram nos últimos dias, será que me podem dar um endereço para que vo-la envie?? Porque ao contrário do que possam pensar eu penso CADA VEZ MENOS como vocês, e tenho a certeza que os portugueses também.

O problema da direita em Portugal, como não me canso de repetir, é achar que o povo português é todo burro e ingénuo. Mas olhem que não somos!! E há muito que vos vimos a carequinha a todos. ...

Eu sei que vocês pensam que nos enganam com o discursozinho "disfarçado" com que nos bombardeiam todos os dias (e isto vai também para os vossos irmãozinhos do PPD) - que se preocupam com os pobrezinhos, e com os agricultores coitadinhos, mas acima de tudo com a segurança, quando todos nós já percebemos há muito MUITO tempo que o que o Paulinho anda a fazer, chama-se na minha terra "fazer-se ao bife" para ficarem com duas pastas:

- A pasta do Ministério da Agricultura

-A pasta do Ministério da Administração Interna (esta para o próprio Paulinho, que parece ter uma apetência especial para fardas e uniformes)

Isto claro porque vocês acham que o PPD ainda consegue ganhar ao PS... Espero que não tenham ficado muito tristes com os resultados das últimas sondagens, e sobretudo não percam as esperanças!

Mas voltemos ao que interessa, que são as petas que nos metem... Estava a dizer que não pensem que nos enganam. Não pensem que vamos deixar ficar para trás os enormes erros cometidos pelo Portas quando passou pelo último governo, e que não vamos deixar de reparar, que ao contrário do que se espalha por aí, não foi o Sócrates que amansou mais na política, foi o menino Paulinho que passou de menino queque a menino preocupado com os problemas sociais do país. Sim, e isso inclui, claro, reduzir a carga fiscal dos mais ricos para metade.

Mas enfim, a gente perdoa-vos porque sabemos no fundo que é difícil ser-se queque neste país de gente feia, porca e má (e preguiçosa, claro) que vive à custa de subsídios e rendimentos mínimos. E sobretudo que nem todos podem ser queques iluminados, ricos e empreendedores como vocês.

Quando quiserem então digam para eu reenviar a vossa correspondência enganosa, tá?

Um grande abraço...

Nova mensagem de esperança





Sondagens valem o que valem, mas segundo as últimas sondagens, o PS ganharia as eleições.



Mais uma mensagem de esperança...


quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Quem se mete com os professores, leva

O comentário do dia (do Público online):

23.09.2009 - 22h10 - Anónimo, Algures perto do magalhães

Só visto. Se o governo andasse a distribuir os últimos magalhães dias antes das eleições, fuzilavam o Sócrates, porque andaria só a fazer propaganda. Como o governo não anda a distribuir magalhães á pressa, fuzilam o Sócrates na mesma. Nunva vi tanto troca-tintas no PSD.


Nem mais, palavras para quê!

A grande Rosa Mota!

A grande Rosa Mota e a Educação em Portugal:


Declarações de Zé Pedro

Zé Pedro dos Xutos&Pontapés

Esta Portas vota PS

Esta Portas vota PS

Valentim Loureiro e a asfixia democrática.

Já é mais do que conhecida a forma como Valentim Loureiro faz "política".

Valentim Loureiro é um dos exemplos máximos da ala "populista" do PSD - já todos ouvimos falar dos electrodomésticos oferecidos a eleitores, e coisas do género.

O que é estranho é que numa campanha eleitoral em que o PSD tem apostado nas acusações de asfixia democrática - acusações estas que são imediatamente repetidas e divulgadas a bandeiras despregadas pelos media - que este caso, este caso e este caso, que ocorrem paralelamente à campanha tenham sido largamente escamoteados pelos principais meios de comunicação social do país.

Estamos frente a um caso sério e real de asfixia democrática num dos concelhos mais habitados do país, onde a oposição ao PSD é claramente perseguida, impedida de fazer propaganda, impedida de falar, impedida de se exprimir.

Gostava que todos pensássemos nisso. É difícil perceber a razão por detrás deste grande "esquecimento" por parte da comunicação social em Portugal.

A situação que se vive em Gondomar é preocupante, e não deve ser ignorada.

E a lei da rolha????

Acho incrível....

a) Acho incrível que o PSD instrumentalize a luta dos professores e estes aceitem.
b) Acho incrível que o PSD se aproveite dos professores e estes aceitem.
c)Acho incrível que os professores batam por ter cão e por não ter, numa cegueira vingativa, que só lhes fica mal.
d)Acho incrível que tenham dito o PIOR possível sobre o Magalhães e agora venham dizer que afinal até queriam que a política continuasse, só para "criarem" mais um escândalo mediático, e tentarem pôr o governo na berlinda, desviando a atenção da mediocridade do PSD.
e)Acho incrível que o PÚBLICO vergonhosamente e mesquinhamente se agarre a estes escândalos para por um lado tirar as atenções das "pseudo-escutas", por outro para fazerem a sua já mais que assumida campanha anti-Sócrates.
f) Acho incríveis alguns professores que até da mãe diriam mal para deixarem ficar mal o Sócrates.Ok, já percebemos, querem mostrar a vossa força, querem mostrar que até conseguem derrubar um governo, mas são os vossos métodos que critico.

Caros senhores professores, caros jornalistas do Público, faziam bem era se admitissem a vossa agenda, e não fazendo esta luta anónima, insinuosa, e pela calada. Fica-vos mal, e se pensam que a opinião pública não "vê", acreditem que se enganam.

A Campanha morreu....




A campanha morreu. As respostas à defesa de Ferreira Leite aborrecem. Os foguetes lançados hoje por alguns média (a notícia do Magalhães e a notícia dos fundos estruturais), numa tentativa de apimentar o clima político, falharam. Estas notícias não só falharam o seu objectivo de gerarem algum tipo de furor político, como são francamente aborrecidas.

Aborrecidas porque trazem sempre "água no bico", é incrível, mas descobre-se sempre por detrás destas notícias alguma tentativa de manipulação, algo que não bate exactamente certo, e que com um pouco de discernimento crítico, se descobre imediatamente o que é.. Aborrecem, porque nos dão mais do mesmo - do mesmo que nos têm dado no dia-a-dia, há semanas, há meses - e que culminou com a grande inventona das escutas.

- A do Magalhães veio logo ser desmentida pela ministra. Mesmo que não fosse, e pelos vistos, já está a ser aproveitada politicamente pelo PSD, este "foguete" dos professores vinha logo carimbado. A opinião pública já não é muito favorável à luta dos professores em primeiro lugar. Em segundo lugar, por conta do clima instalado, era bem possível que um governo diferente deste acabasse mesmo com tudo o que foi feito na educação até agora... não era aliás o que os professores queriam? Os próprios professores sempre foram contra o Magalhães aliás, o que os impediria de acabarem com o programa logo que esta ministra saísse? É um foguete portanto que vira a 180º e "queima esta tenda". É auto-destrutivo e aborrecido.

- A dos fundos estruturais peca por ser, por um lado, sensacionalista a olhos vistos, dramatizada pelo Público, desdramatizada pela própria UE, que diz que não passa de 2% do valor total. Mais, os fundos para a agricultura não são da leva directa do governo, compete a cada agricultor concorrer aos fundos submetendo projectos e ideias. Quando muito, esta notícia revela o estado de letargia que existe na classe dos agricultores em Portugal. Por outro lado, segundo outras fontes, durante períodos de governos anteriores (2000-2006) desperdiçou-se muito mais. o que leva a crer que esta não passa de mais uma notícia sensacionalista de campanha. Isto torna esta notícia francamente aborrecida e tragicamente inconsequente.

Sinceramente, esta campanha morreu. Morreu com o fim da "asfixia democrática", do "desgoverno", e do "descontentamento". Morreu.

Não sei sinceramente o que isto significa, mas parece revelar que as surpresas não serão muitas às 20 horas do dia 27....

E viva o sensacionalismo

Numa notícia publicitada recentemente no Público online, e à qual é dada alguma relevância, lê-se em letras garrafais "Portugal foi o país da União Europeia que mais fundos estruturais perdeu em 2008".

Isto mais uma vez demonstra o sensacionalismo que vem ocupando espaço nos media em Portugal. Se não vejamos:


1 - Estamos a falar em 2 % do "bolo" total de fundos estruturais. A própria União Europeia desdramatizou o que vem ser dramatizado no Público

2 - Para a obtenção de fundos estruturais, tem de haver um projecto submetido a avaliação. Isto tem muito pouco a ver com a actuação do governo.

3 - A "big picture". Portugal tem vindo a perder lugares na obtenção de fundos comunitários. Eu concordo com isto. Não podemos passar o resto dos nossos dias à espera que a "Europa" nos venha salvar.

Isto mais uma vez demonstra que existe irresponsabilidade na mentalidade portuguesa, que é muitas vezes grosseira nestas coisas achando que é tudo uma questão do "venha a nós o nosso reino", quando uma utilização mais eficiente e inteligente dos fundos passa por todos nós.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

A segunda mentira em 24 horas!

Depois da crise da pseudo-notícia das escutas a Belém, veio agora a público que quem requereu a suspensão da nota do juiz do caso Casa Pia Rui Teixeira foi afinal Laborinho Lúcio, um juiz nomeado, pasme-se, pelo Presidente da República, e que até já foi ministro pelo PSD!

As notícias acerca do caso até agora pareciam apontar o dedo a três Magistrados nomeados pelo Partido Socialista, que estariam alegadamente por trás desta suspensão . Paulo Rangel teceu imediatamente comentários muito pouco abonatórios ao caso, acusando de novo o PS de "asfixia democrática".

Mas agora vem à tona que por trás disto tudo estava afinal uma mão do PSD. E que mais uma vez os jornalistas que inicialmente noticiaram a notícia não fizeram menção a isso.

Após a pretensa tramóia ligada aos casos de escutas, somos levados a perguntar a nós próprios o seguinte:

- Será que estamos em mãos de mais uma tramóia????

Tudo aponta que sim! Duas em menos de três dias!

A pinóquia contra-ataca


A pinóquia Manuela Ferreira Leite voltou ao contra-ataque, dizendo que "não tenciona alterar uma vírgula e vai repetir [as denúncias de asfixia democrática] até à exaustão"(sic).
Pois é, dona pinóquia, não só altera uma vírgula, como altera o discurso todo(!!!). Quando a notícia rebentou na sexta-feira, começou por vir falar com a arrogância de quem tem todos os dados, fazendo um discurso inflamado, acusando inclusivamente o PS e as secretas de andarem a vigiar o director do Público... agora, dona pinóquia, já diz que “Não tem elementos suficientes para poder pronunciar-se”. Está a ver como é mentirosa? É a magnífica política "de verdade" a que o seu partido nos habituou...
Quanto a repetir o argumento de "asfixia democrática" até à exaustão, pois repita-o, repita-o até perder as eleições, repita-o até ficar sozinha em direcção ao hospício mais próximo - a ver se a tratam a si e a metade do seu partido não só por sofrerem de paranóia colectiva, como também de dupla-personalidade e mitomania.

A pinóquia




Manuela Ferreira Leite mente com quantos dentes tem.

Depois de, no dia anterior ao afastamento do "bufo de Belém", ter feito um comício inteiro a falar no pseudo-caso das escutas a Belém - tendo afirmado inclusivamente que achava "gritante" que um director de um jornal estivesse a ser escutado (notícia que aliás foi desmentida), vem agora, dois dias depois, afirmar que" não tenho feito campanha sobre esse caso que tem estado a ser falado".

Deve julgar que os portugueses andam a dormir! Nós ouvimo-la bem nos dias anteriores, Dra. Manuela!!!

É caso para dizer, como o disse e bem Francisco Louçã, depois da inventona "a campanha do PSD rebentou como um balão furado".

bye bye campanha do PSD

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Quem se mete com o Público, leva

Aprendemos numa notícia, a que é dada bastante relevância no site do Público online, que José Sócrates reabriu um processo contra um jornalista.

Sendo verdade ou não (do qual duvido, vindo de onde vem), pergunto-me qual a relevância desta notícia, vinda especialmente de um jornal que está envolvido neste preciso momento num escândalo relacionado com uma possível fabricação de notícias, jornal do qual inclusivamente o próprio provedor dos leitores se questiona da sua parcialidade e de uma possível "agenda".

Na verdade, após ler a notícia, e sabendo o que tem transparecido recentemente, perguntamo-nos se não faz Sócrates muito bem em processar estes jornalistas, que se revelam irresponsáveis, difamadores, espalhadores de mentiras e boatos.

Por mim, bem quero lá saber. Aplaudo até o Sócrates, por se defender de difamações, que já são muitas.

Será que quem se mete com o Público, leva?

Começo a achar que sim ....

As mentiras da direita




Já denunciei aqui inúmeras vezes a política populista da direita portuguesa, que montou um sistema de propaganda baseado em mentiras, falsidades e embustes mediáticos. Esta política tem a conivência de um certo jornalismo praticado em Portugal, que se revelou irresponsável e tendencioso.


Se é a primeira vez que visita este blogue sugiro-lhe a leitura dos artigos anteriores para compreender melhor os conceitos discutidos aqui.


É preocupante. É preocupante porque a mentira não deve ser a base do debate político. É preocupante porque revela que a direita não olha a meios para ganhar o poder, para caçar o voto aos portugueses.


A principal premissa desta empreitada mentirosa assenta em bases, como vimos hoje, frágeis mas sobretudo preocupantes. Porque nos passa a todos um atestado de estupidez. Porque acha que vamos cair como patinhos nas mentiras que nos repetem nos media.


A direita portuguesa ainda vive de ideias do passado. Ideias salazarentas de que o povo português é ingénuo e ignorante. De que o povo português é incapaz de sentido crítico.


É hora de lhes mostrarmos que estão enganados. É hora de lhes mostrarmos que o povo português "cresceu" e é hoje um povo informado, crítico, céptico e racional.


É hora de acabarmos com o populismo em Portugal.


Mais do mesmo

No seguimento da notícia da saída do "bufo de Belém", gostaria de dizer, como disse anteriormente sobre o assunto:

"de uma coisa tenho a certeza, os jornalistas do Público foram irresponsáveis, foram imaturos, foram pouco profissionais.Não é preciso ser-se jornalista para se ser capaz de entender que quando se trata de um informador pelo menos três coisas devem ser verificadas:

a) a parcialidade ou imparcialidade do informador
b) a época que se enquadra na informação transmitida
c) o impacto negativo ou positivo que ´terá a publicação da notícia.

Imaginemos que um vizinho quer mandar o outro preso. Chama um jornalista e diz que o seu vizinho o assaltou. Obviamente que o jornalista não deve submeter a notícia sem um trabalho de fundo mais bem realizado. Apenas um exemplo, acho que percebem o que quero dizer.Ora o Público não demonstrou isso. Publicou a notícia sem verificar as três alíneas referidas anteriormente.

Isso das duas uma, ou revela que têm uma "agenda" anti-Sócrates, ou que são jornalistas irresponsáveis e pouco profissionais.Tire as suas próprias conclusões."

Em relação a Fernando Lima, teve o que mereceu. Um assessor do Presidente da República, especialmente na área da comunicação, tem grandes responsabilidades. Não pode gerar e espalhar notícias falsas nos media portugueses.

Aplaudo a medida do Presidente. Como disse anteriormente, estamos a falar de CAVACO SILVA. Este homem não é para brincadeiras, e uma falta destas teve o desfecho que mereceu.

Bufo Alvarius



Na foto: Bufo Alvarius

Depois das alegadas notícias forjadas, no âmbito das escutas ao Presidente da República (que nunca aconteceram OBVIAMENTE), o Presidente Cavaco, e bem, expulsou o "bufo" Lima.




Adeusinho... menos um bufo em Portugal. Menos um dos que minam a nossa República, alimentando o mal-estar democrático, com rumores falsos e tendenciosos.






bye bye

Quem se mete com o PSD, leva

Palavras para quê...

"Uma manhã que terminou numa arruada no centro da cidade, interrompida por um incidente com um homem que passou de carro junto à caravana laranja dizendo palavrões. O ambiente azedou, a ponto de um apoiante ter respondido aos insultos com um soco. A PSP foi chamada,"

E vivam as grandes arruadas arruaceiras... depois de Portas e os pescadores de Espinho, foi a vez de um detractor do PSD levar um soco nas ventas. E ainda vêm falar de "asfixia democrática"... pois vê-se

Deve ser assim que estes pensam tratar a nossa democracia, no âmbito desta política de verdade tão verdadeira....

O país dos bufos no seu melhor....




Entretanto, no país dos bufos....

O ex-militante do CDS-PP que inventou a carta, "anónima" claro, agora constituiu-se a si mesmo "assistente" no processo. Este grande "bufo" que sempre, e cobardemente, se procurou esconder no anonimato, demonstra o tipo de mentalidade pidesca que tem. Um cidadão assoberbado que chama a si a "moral e os bons-costumes" para combater o "mal". O mal (mal) inventado por ele, claro.

A mentalidade de bufo persegue-nos desde o fim da Ditadura - ao fim de tantas décadas de democracia, já devíamos ter conseguido acabar com isto - mas parece que não.

Num país afecto a histerias colectivas, este tipo de denúncias mal feitas, que não teriam consequências em mais nenhum país, tornam-se o pão nosso de cada dia - minando a nossa democracia, as nossas liberdades, o nosso bem-estar.

Só cá faltava este....

Só cá faltava este vir fazer propaganda pelo PSD.


Ainda por cima, em vez de aparecer nos comícios, este foi mais espertinho.

A direita portuguesa demonstra o seu típico chico-espertismo - porque obviamente, o texto clarifica a cada linha " este é o Balsemão jornalista e não o outro"... pois.

E nós nascemos todos anteontem

domingo, 20 de setembro de 2009

Contra a vitória da direita

Em mais um discurso sentido e cheio de emoção, Sócrates e uma panóplia de grandes do PS apelaram ao voto útil nestas eleições contra a direita.


- Contra uma direita populista cujas intenções maléficas a fazem utilizar insinuações, espalhar mentiras pela opinião pública, e envenenar o espaço público, que é de todos nós, sujando-o com falsidades (caso das escutas, caso FREEPORT, etc.)

- Contra uma direita pequena e provinciana que quer manter Portugal "humilhantemente só"

- Contra uma direita neo-liberal que pretende diminuir o Estado Social, privatizando o SNS e a Segurança Social

- Contra uma direita retrógada e saloia, que é incapaz de seguir os avanços da sociedade.

- Contra uma direita parcial, amiga dos ricos e inimiga dos pobres, que esconde o seu verdadeiro programa elitista num conjunto de medidas populistas e falsas.


É disto que esta luta se trata.

Soares é fixe

À parte o populismo típico a que o Público nos tem habituado (como se a componente principal desta notícia fossem as referências ao Bloco de Esquerda - Publico, parem, já "irrita"), aprendemos que Mário Soares ainda consegue mobilizar populações, neste caso em Matosinhos.

Mário Soares apelou ao voto útil, contra a direita.

Eu não podia concordar mais.

sábado, 19 de setembro de 2009

O PS mostra a sua pujança!

Manuel Alegre fez ontem um discurso sentido de apologia ao partido socialista e às suas políticas para Portugal. Alertou os portugueses para as políticas neo-liberais da direita, que como já vimos, visam destroçar o Estado Social - ou nas palavras do histórico socialista, defendem “um Estado mínimo para os pobres e um Estado máximo para os poderosos”.

No seu discurso demonstrou ainda que diversos direitos conquistados pelos portugueses, que incluem a despenalização da IVG, ou até mesmo o SNS, estão em risco de deixarem de existir se a direita ganhar o poder no próximo dia 27.

Com este discurso, deixamos de ter dúvidas, o PS está de facto unido na sua luta contra a direita e a sua possível chegada ao poder nestas legislativas. Para todos os detractores de Sócrates foi uma punhalada letal, pois durante muito tempo ouviram-se inúmeras insinuações de que Sócrates estaria sozinho mesmo no próprio seio do partido - e nada poderia estar mais longe da verdade.

O PS tem outro trunfo na manga - amanhã será a vez de Mário Soares - figura maior do PS - subir ao púlpito.

Com estes mega-comícios, que abarrotaram de gente, o PS começa a demonstrar ao país a sua pujança. Uma força até agora silenciosa, que o PSD, o CDS-PP, e todos os detractores do executivo, quiseram ignorar.

Quem se mete com o CDS-PP, leva

O Paulo Portas mais uma vez se mete em confusões com o tal povo que diz defender no seu discurso populista.
Hoje foi insultado por populares porque apesar do que ele acha, os portugueses não são estúpidos e há muito que lhe vimos a careca.
Ainda, os meninos "queques" acabaram por se envolver em altercações com os referidos populares, dizendo para eles irem tomar banho coitadinhos... os pobres velhos pescadores de Espinho representam os tais "feios, porcos e maus", preguiçosos e delinquentes que o CDS-PP quer pôr na choldra.

CDS-PP: o partido da terceira idade

Ninguém poderá dizer que o CDS-PP não é para velhos...



Pelo contrário, já repararam que na maior parte das arruadas e dos comícios do PP, os populares que se avistam a apoiá-lo são todos pessoas com mais de 65 anos??



Depois de ser conotado com o partido dos taxistas, eu arrisco-me a dizer que para além de ser o partido dos taxistas o PP é também o partido da terceira idade.

Sem quaisquer conotações negativas obviamente.

O que me parece é que o discurso retrógado e conservador preconzado por Paulo Portas é extremamente atractivo para esta camada de população, habituada a uma sociedade com valores mais tradicionais.

Não tenho dúvidas que Paulo Portas nos anos 50 teria feito um sucesso ainda maior em Portugal!.

Em nota final, reparo que poderá ser esta a razão das disparidades entre as previsões das sondagens e os resultados eleitorais do partido. Talvez os Gato Fedorento não estivessem tão longe da realidade quando o disseram durante a entrevista.... para mim, faz sentido. A terceira idade não é particularmente aberta a entrevistas telefónicas.

O PSD retoma o discurso populista

Quando parecia que o PSD se estava finalmente a concentrar nos verdadeiros problemas do país, parece que perceberam que assim não ganham.

De forma que voltamos ao discurso populista das insinuações, mentiras, notícias forjadas e baixarias. Mas será que assim ganham?

Veremos o que os portugueses dirão a esta volta de 360º na campanha propagandística do PSD. Sinceramente, acho que o PSD ainda não percebeu que o povo português já não é o "povinho" mal-informado e ingénuo que foi porventura outrora.

A campanha populista da direita, como já defendi, procura fazer de nós cidadãos infantis, ingénuos e crentes, que engolem historietas fabricadas sem pensarem duas vezes, que somos desprovidos de qualquer espírito crítico.


Não podemos aceitar o atestado de burrice que nos querem passar.

Respondeu Sócrates e bem “Aqui não temos como ideal de governo o Governo Regional da Madeira”. Tá tudo dito

Mais do mesmo..

Os professores saem hoje à rua contra o executivo Socialista.

Nos últimos meses alguns professores assumiram claramente a sua campanha contra a reeleição do "PS de Sócrates".

Sem querer entrar nos meandros deste braço de ferro entre os professores e o governo - a pergunta é: estarão os portugueses com eles? A imagem da "luta" na opinião pública tem sido muito ambígua - tendo várias figuras públicas defendido a posição dos professores, mas muitas outras defendido as posições do governo.

Na sondagem revelada pelo Jornal de Notícias anteontem , 30% dos inquiridos revelaram concordarem com as políticas socialistas para a Educação, tendo sido este o partido mais escolhido nesta matéria.

Fotografar os átomos....




Num artigo saído na Inside Science, aprendemos que investigadores ucranianos conseguiram obter imagens das diversas nuvens de electrões num átomo de Carbono. É a primeira vez que cientistas conseguem obter "fotografias" das nuvens atómicas.


As imagens mostram as diversas orbitais atómicas. Na fotografia vemos duas dessas orbitais.



sexta-feira, 18 de setembro de 2009

A notícia do DN

Da notícia do Diário de Notícias, parece-me que podemos tirar as seguintes conclusões:

- O DN tem em seu poder mais documentos sobre este caso como fica patente em:

Este e-mail é apenas um dos vários documentos a que o DN teve acesso, cujo conteúdo se refere a questões internas do jornal.

- Foi aparentemente consensual entre os diversos interlocutores que tudo não passaria de "paranoia" - o que levanta a questão do porquê da notícia ter vindo a público um ano depois.

- O próprio provedor dos leitores do Público vei a público confirmar que nenhuma das suspeitas era passível de ser confirmada.

No Público online de hoje podemos ler que o Presidente se está pouco importando com isto. Nenhum político está, na verdade, mesmo depois de os termos ouvido a todos. Isto, como tantos outros casos, é uma fabricação mediática. Às vezes parece que vivemos na América Latina!

Conclusão: As alegadas "escutas" ou "espianço" parecem mesmo isso - um caso de paranóia colectiva. Para que iria o governo espiar desta forma o Presidente? Parece-me completamente estapafúrdio. Concordo com o Louçã, um caso de telenovela mexicana.

Voltemos à política normal. Please.

A notícia do DN

Reproduzo aqui a notícia do DN:

'E-mail' denuncia que Fernando Lima, assessor de Cavaco, entregou ao 'Público' um 'dossier' sobre as suspeitas de espionagem do Governo a Belém. (ÁUDIO - Reacção do Director do Público)
As suspeitas de escutas por parte do gabinete do primeiro-ministro à Presidência da República foram levantadas por Fernando Lima, assessor de imprensa e homem de confiança de Cavaco Silva. Lima terá, segundo documentos a que o DN teve acesso, procurado o jornalista do Público Luciano Alvarez, segundo este último, em nome do próprio Presidente. Num encontro, que terá decorrido em Abril de 2008, "num café discreto da Av. de Roma", o assessor de Belém entregou a Luciano Alvarez um dossier sobre Rui Paulo de Figueiredo, adjunto jurídico de José Sócrates, cujo comportamento levantou suspeitas aquando da visita de Cavaco Silva à Madeira. Lima estaria convencido que este adjunto de Sócrates integrou a comitiva para "observar, o mais dentro possível, os passos da visita do Presidente e o modo de funcionamento interno do staff presidencial".
Todas estas informações constam de um e-mail enviado por Alvarez ao correspondente na Madeira, Tolentino de Nóbrega, no qual relata o encontro com Fernando Lima e sugere que até seria bom que a história viesse da Madeira, para que o ónus não recaísse sobre a Presidência: "O Lima sugere e eu acho bem duas perguntas para o início do trabalho (até porque a eles também interessa que isto comece na Madeira para não parecer que foi Belém que passou esta informação, mas sim alguém ligado ao Jardim)."
Este e-mail é apenas um dos vários documentos a que o DN teve acesso, cujo conteúdo se refere a questões internas do jornal. Contactado ontem pelo DN, o editor do Nacional do Público nega a existência do mail. "É tudo forjado", disse Luciano Alvarez. Já Tolentino de Nóbrega não quis comentar "assuntos internos do jornal". Mas o DN verificou a autenticidade da correspondência junto de um dos envolvidos (ver nota da direcção).
Nesse e-mail de 23 de Abril de 2008, Alvarez refere-se ao assunto - que prefere tratar via net porque "nem os homens do Presidente da República arriscam a falar por telefone" - como a possível bomba atómica, se a história for confirmada. Admitindo que tudo não passe de "paranóia dos do PR e do Lima", faz questão de frisar que "não deixa de ser grave que o PR pense isto e que ande a passar informação ao Público, manifestando grande vontade da história vir a público." Desde que o diário dirigido por José Manuel Fernandes divulgou o caso, o que só aconteceu em Agosto deste ano, 17 meses depois, não houve qualquer desmentido da Presidência da República. Nem depois de Francisco Louçã, líder do Bloco de Esquerda, ter dito na reportagem da SIC "Como nunca os viu" que a fonte das escutas é Fernando Lima (ver pág. 3). Dos envolvidos nas alegadas escutas, só Sócrates comentou o assunto, para o classificar de "disparate de Verão".
Tolentino de Nóbrega respondeu ao mail de Alvarez a 5 de Maio de 2008. Nessa mensagem deita por terra as desconfianças de Belém: "Conforme disse em contacto telefónico, feito na semana passada, julgo que tudo isto não passa, como admitiste, de paranóia do PR & Lima". O correspondente no Funchal descreve, depois, exaustivamente, os passos que deu para tentar confirmar a que título e como Rui Paulo de Figueiredo esteve presente nas cerimónias da visita do Presidente da República à região autónoma.Quase um ano e meio depois, o jornal publica a manchete a dar conta das alegadas escutas por parte do gabinete de Sócrates a Belém, sustentando, um dia depois, notícia da véspera com as suspeitas à volta da presença de Rui Paulo de Figueiredo no Funchal. No último domingo, o assunto foi tema de um artigo crítico do Provedor dos Leitores do 'Público', Joaquim Vieira, no qual se ficou a saber, pela primeira vez, que Tolentino de Nóbrega tinha informado o editor do jornal que não conseguira confirmar qualquer das informações, inclusive num contacto pessoal com o assessor de Sócrates. Nesse artigo, Vieira anuncia voltar ao caso este fim-de-semana. O assunto está também nas mãos do Conselho Editorial do diário.
O DN tentou ontem, ao longo do dia, o contacto com o director do 'Público', José Manuel Fernandes, bem como com o assessor de imprensa do Presidente, Fernando Lima, mas nenhum respondeu aos nossos contactos.

A FALTA DE PROFISSIONALISMO DO PÚBLICO

Não tenhamos dúvidas.... NÃO houve escutas telefónicas nenhumas ao gabinete do Presidente da República. É evidente que se tal fosse o caso o Presidente da República teria uma atitude a tomar em relação a isso. ( estamos a falar de CAVACO SILVA, lembram-se?).

Esta foi uma história fabricada. Foi uma história que saiu para a opinião pública de forma irresponsável, de forma precipitada, de forma mal-feita.

Somos um povo de gente histérica. Neste país bastam um jornalista e um informador anónimo para se fazer a folha a alguém. É um vício de provinciano que ainda temos, um vício do bufo da aldeia ou do "queixinhas". Não tenhamos dúvidas disso.

Não sei se o Público está envolvido propositadamente nesta tentativa de denegrir o executivo socialista. Não tenho a certeza disso, mas levanto as minhas dúvidas.

Mas, de uma coisa tenho a certeza, os jornalistas do Público foram irresponsáveis, foram imaturos, foram pouco profissionais.

Não é preciso ser-se jornalista para se ser capaz de entender que quando se trata de um informador pelo menos três coisas devem ser verificadas:

a) a parcialidade ou imparcialidade do informador
b) a época que se enquadra na informação transmitida
c) o impacto negativo ou positivo que ´terá a publicação da notícia.

Imaginemos que um vizinho quer mandar o outro preso. Chama um jornalista e diz que o seu vizinho o assaltou. Obviamente que o jornalista não deve submeter a notícia sem um trabalho de fundo mais bem realizado. Apenas um exemplo, acho que percebem o que quero dizer.

Ora o Público não demonstrou isso. Publicou a notícia sem verificar as três alíneas referidas anteriormente. Isso das duas uma, ou revela que têm uma "agenda" anti-Sócrates, ou que são jornalistas irresponsáveis e pouco profissionais.

Tire as suas próprias conclusões.

Pela minha parte, já escrevi um email de reclamação.

Um jornal que foi um dia o MEU jornal é hoje um jornal pelo qual tenho pouquíssimo respeito.

O PUBLICO JÁ ASSUMIU A SUA CAMPANHA

Palavras para quê?

O Público assume, com o escândalo em torno da encomenda de notícias, e agora com esta notícia, claramente tendenciosa, que quer mesmo tirar o Sócrates do poder.

O título é tendencioso, e contradiz até o resto do texto...

PÚBLICO NUNCA MAIS!

ENCOMENDARAM OU NÃO ENCOMENDARAM A NOTÍCIA AO PÚBLICO?

Como é que é Público? Como é que é, jornalistas? Já chegaram a este ponto de serem um jornal propagandístico de campanha?

Eu, e muitos outros leitores assíduos do Público exigimos respostas!!! Não notícias tendenciosas e insidiosas!

a pergunta é simples: ENCOMENDARAM OU NÃO ENCOMENDARAM A NOTÍCIA AO PUBLICO?

Respondam! Basta de insinuações!

Ana Gomes, o PS e o BE

Ana Gomes numa entrevista à Rádio Clube veio defender uma possível aliança com o BE para governar o país.

Apesar de não esconder uma certa simpatia por algumas políticas preconizadas pelo Bloco de Esquerda, muitas das medidas que defendem vão contra aquilo que eu acredito para o país.. não vou explanar, mas talvez o faça noutro post no futuro.

Esta aliança poderia ter vantagens e desvantagens que não vou discutir aqui também...


O problema principal neste momento é o tipo de discurso de fractura preconizado por Francisco Louçã, que muitas vezes prefere atacar o executivo de José Sócrates , esquecendo-se que a alternativa à direita será muito pior em todas as frentes para Portugal, o que é uma coisa que nunca compreendi!

Engraçado de reparar também é a forma como os partidos de direita etão a utilizar esta notícia como "arma de campanha" - tentando causar "medo" nos portugueses, ao associar o BE a um radicalismo que este não tem (apesar de ter algum) - tipo como quando se dizia que os comunistas comiam criancinhas e coisas do género. É um tipo de discurso tão pequenino, tão demagógico e populista que nem merece mais nenhum comentário. O problema do PSD e do CDS-PP é que sempre menosprezaram a inteligência do nosso povo e acham que nos podem manipular assim.

José Miguel Júdice é da minoria silenciosa.




Num artigo de opinião do Público, José Miguel Júdice assume que vai votar PS:


Tudo medido, e nesse pressuposto, vou dar o meu voto ao PS - pela primeira vez em eleições legislativas



O EMBARAÇO DO PÚBLICO

O Público. O meu jornal. O MEU jornal. O mesmo que eu sempre trouxe debaixo do braço, o mesmo que me acompanhou online nas minhas viagens, o mesmo que me mostrou o mundo e o país.

Este era o MEU JORNAL PÚBLICO.


Público, Público, Que te aconteceu?


Estou triste, muito triste. Foi o meu jornal durante anos a fio.

Falta de sentido de oportunidade ...

Noticia o Público que os bolseiros de investigação se vão manifestar já na próxima quarta-feira em frente à Assembleia da República, exigindo um aumento das bolsas e diminuição da precariedade das bolsas (acesso à Segurança Social, ou 13º mês, por exemplo).

Apesar de concordar com as reivindicações, ou não tivesse eu também sido um bolseiro no passado, discordo completamente do timing escolhido para o efeito.

Desta forma aquilo que deveria passar como uma vontade séria de lutarem pelo fim à precariedade, a "luta dos bolseiros" será apenas uma voz na campanha, perder-se-á no meio de tantas outras que por aí andam agora.

E tenho pena disso, claro.

De salientar que estou quase em total acordo com a política de incentivo a bolsas da FCT/Ministério da Ciência. Convenhamos que os valores das bolsas são, mesmo sem aumentos há 8 anos, ainda competitivos a nível europeu em termos de valor total, por exemplo.

Apesar de não discordar que algum tipo de regime com a Segurança Social deveria ser acordado, como é o caso de inúmeros países incluindo recentemente a Espanha.

Uma das políticas seguidas foi atribuir o maior número de bolsas ao maior número de candidatos possível - com mérito suficiente para destas usufruírem - a pergunta no entanto fica, diminuir os números de bolseiros a quem é atribuida bolsa do género anualmente, ou aumentar os valores? Fica a pergunta. Por um lado se aumentam o valor das bolsas menos oportunidades ficarão para outros jovens que delas queiram usufruir, por outro os jovens que dela usufruem têm de facto direito a Segurança Social como qualquer outro trabalhador. Penso que a solução estará algures no meio termo, e estou seguro que no futuro as coisas se modificarão.

O Porto do PSD...



Em notícia divulgada hoje no DN, aprendemos algo triste e desesperante, que no fundo já todos sabíamos, mas que procurávamos que nos passasse ao lado, e que é o agoniante abandono das grandes cidades (neste caso o Porto) em prol dos subúrbios circundantes. Se o caso em Lisboa é preocupante, no Porto é exasperante.

Por razões associadas à sua própria área enquanto concelho, até à forma como está organizada a Área Metropolitana do Porto (com o Porto de mar em Matosinhos e o Aeroporto na Maia, por exemplo) o êxodo em massa das classes médias dos centros para a periferia fizeram do Porto uma cidade deserta... onde é por vezes de facto triste caminhar.

Rui Rio pouco fez, tem feito, ou fará para inverter esta tendência, porque convenhamos Rui Rio não faz absolutamente nada, é um homem sem visão, sem mensagem, sem ideias. Pergunto-me às vezes o que de facto fará este homem quando se senta na cadeira da Presidência de Câmara...

O Porto é a segunda cidade do país e necessita de alguém com visão, com dinamismo, com capacidade de modernizar a cidade e voltar a atrair para ela investimento e pujança. Obviamente que o Porto tem de estar e estará provavelmente ainda mais integrado na respectiva Área Metropolitana.

Mas custa perceber às vezes como é possível os grandes centros comerciais da periferia estarem a abarrotar de gente, enquanto que zonas nobres da cidade, como a Praça da República, entre outras, chegando as 8 horas da noite, fiquem completamente desertas.

O Porto precisa deste investimento em transportes. No âmbito da modernização da UE na melhoria da mobilidade dos seus cidadãos, a cidade precisa de se impor e de se colocar no mapa. Desta forma, a ligação TGV Porto-Vigo é essencial (com estação no Aeroporto), assim como a ligação Porto-Lisboa, que será dentro de poucos anos a Artéria Aorta seguramente das conexões entre as duas grandes cidades, a Artéria Aorta do país.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Escândalos




Aparentemente, o Diário de Notícias apurou, através de documentos, que o caso de escutas do Gabinete do Presidente da República foi encomendado pelo próprio assessor ao editor do jornal Público!


O jornal o PUBLICO ainda não referiu a dita notícia, sendo que a última notícia sobre o PSD refere apenas o facto de que a Procuradoria-Geral da República decidiu não investigar o caso das compras de votos nas distritais do Partido Social-Democrata.


Ainda não tive tempo de ler a edição impressa do Diário de Notícias... mas a confirmar-se esta notícia, fica provada a minha tese de "desinformação" pegada a que nos habituou a direita populista de Portugal. Tenho vindo a defender esta tese neste blogue e arriscando parecer pretencioso vou-me dar razão a mim mesmo.


Escrevi aqui há dias sobre o tipo de propaganda "à Administração Bush" que andam a fazer os partidos da direita portuguesa, que me parecia evidente pela forma como procuravam usar a comunicação social para transmtir uma imagem de que eram os bons, os heróis, os honestos, a lutar contra os "pérfidos", "sinistros", "malignos" e "anti-democráticos" socialistas. Não ver nisto uma analogia directa com a tese do "bom americano" contra o "pérfido terrorista" é, pelo menos acredito eu, ser ceguinho.


Sendo assim, a vir confirmar-se esta notícia, demonstra-se que houve uma intenção CLARA de manipulação de informação de forma a tentar denegrir a imagem do Partido Socialista.


A que ponto vamos chegar, meus meninos, e minhas meninas? Chega de sujeiras.

Quase um terço dos portugueses prefere o PS na Educação.

Segundo noticia o JN, quase um terço dos portugueses optaria pelas políticas socialistas para a Educação, segundo as sondagens recentemente divulgadas.

Ainda, aprendemos que o PS aparece como preferencial em quase todas as áreas, sendo que apenas "perde" na área da Segurança (supreendidos? eu não).

Mais ainda, de salientar o facto de em muitos dos temas haver empate técnico , o que confirma o estado de divisão em que o país se encontra.

Que conclusões tirar disto? Francamente, não sei.. e digo-o sem ironias...

Ainda, sobre as sondagens.

Sondagens valem o que valem, como referido anteriormente, e não quero continuar a debater muito mais o assunto... mas como me parece que foi o assunto "quente" deste dia de campanha gostaria de dizer algo mais sobre este assunto.

Pelo que tenho percebido, tanto na blogosfera, como nos comentários dos jornais, como na própria televisão, existe um sentimento de incredulidade em relação a estas previsões por parte de algumas pessoas que, a meu ver, estão a deixar há muito que a sua arrogância fale por elas.

Já todos sabemos que o Engº Sócrates é odiado por muita gente. É verdade. Digamo-lo então alto e bom som. Existe um sector da Sociedade portuguesa que radicalizou nesse sentido e se tornou extremamente sectária, ao ponto de não conseguir sequer acreditar na possível vitória socialista no dia 27. Estes portugueses radicalizaram a tal ponto que inclusive já li que lhes custa acreditar que haja alguém que vote PS no dia 27, numa atitude de arrogância extrema, de negação de uma visão diferente da deles (apesar de quererem impor a sua visão).

Eu penso que isto são reaccões emotivas que deveriam ser minimizadas. Em épocas de grande rescaldo político, é bom manter um nível aceitável de sangue frio e acima de tudo, ser capaz de ouvir o que os outros nos têm para dizer.

E é aqui que eu acho que estou em desacordo com estes portugueses, cuja arrogância sectária não permite ver que haja OUTROS portugueses que pensam de forma diferente, e que acham que a vitória de Sócrates nas próximas legislativas é extremamente positiva para Portugal.

Respeitem-nos.

Pensamos diferente de vocês é certo. Mas aceitem. Aceitem que haja quem defenda e GOSTE de Sócrates.

Ponham isso nas vossas cabeças, porque viemos para ficar, e queremos que ele GANHE.

As duas visões para Portugal




Pelos vistos o tema veio para ficar. Porque, no fundo o TGV se tornou no grande símbolo das diferenças que dividem as duas grandes linhas que estão em jogo para Portugal a partir de 27 de Setembro de 2009, e das quais Portugal seguirá apenas uma.

Por um lado, aquilo a que vou chamar de visão "Socrática", que visa combater o subdesenvolvimento e o atraso do nosso país com grandes políticas de investimento público que incluem entre outras e não só - o TGV, a terceira ponte sobre o Tejo, o novo aeroporto de Lisboa ... esta política encontra-se em linha com a conjuntura política internacional - é certo e sabido que à esquerda e à direita, tem sido este o rumo defendido pelos executivos por esse mundo fora, desde a América de Obama (que pretende até criar um Serviço Nacional de Saúde, pasme-se! Algo que se nos dissessem há 5 anos certamente não acreditaríamos), à Alemanha de Merkl, passando pelas políticas defendidas pelo executivo japonês, entre outras que não interessa para aqui agora, porque compreendem aonde quero chegar.

Por trás desta política encontra-se o descontentamento geral que as chamadas políticas neo-liberais têm levantado(políticas que preconizavam o fim da interferência dos governos em assuntos "privados": tanto a nível social como a nível económico) . Esta crítica a estas políticas surge como fruto da grande crise mundial a que assistimos. Todos são unânimes em compreender que estas políticas estão em grande parte na base da péssima conjuntura económica em que vivemos. Num artigo recente do "The Economist" assistimos mesmo a um facto histórico e provavelmente único da história deste semanário, em que no Editorial se defendia o chamado "modelo francês", um modelo a que o "The Economist" nunca poupou críticas (porque a França sempre teve uma política de regulamentação do Estado sobre a economia desalinhada com o chamado modelo "anglo-saxão"). Os próprios admitiam nesse editorial, com um certo humor, que era a primeira vez que o faziam.

E de facto, a verdade é, que quando a crise financeira rebentou, a quem recorreram as grandes corporações se não aos respectivos governos? Desde os anos 70 que não havia tantas nacionalizações como agora, por exemplo.

Podemos então concluir, e voltando agora ao caso português, que esta visão "Socrática" tem inúmeras vantagens. Não só está em alinhamento com as políticas seguidas pelos principais países industrializados (e isto é importante, quer se queira, quer não), como, no caso português, se reveste de uma urgência ainda maior do que a que tem porventura noutros países. Num tecido empresarial entorpecido e tradicionalista, as grandes políticas públicas permitirão também uma mudança radical de mentalidades, capazes de dar o exemplo em matérias desta importância, demonstrando que o investimento em novas tecnologias ou em áreas desconhecidas até agora pelo tecido empresarial português trazem benefícios e sustentabilidade. Conjuguemos isto com uma política de incentivo às energias renováveis, uma política de ensino regrada e eficaz, e uma política a que chamarei de "abertura social", e combateremos também três das grandes enfermidades portuguesas da modernidade:

- a eterna dependência do petróleo, que corresponde a mais de 50% da nossa dívida externa;
- as parcas qualificações dos nossos cidadãos;
- a repressão e negação de liberdades da nossa sociedade, que advém do nosso passado tradicionalista .

Isto permitirá quebrar o ciclo económico português em que vivemos desde os anos 50, como já referi anteriormente. De uma forma muito resumida, Portugal precisa de retirar de si a etiqueta de país de mão-de-obra barata e de baixas qualificações, e recolocar-se uma etiqueta de país investidor em áreas de ponta e em novas tecnologias. Penso que é claro que esta política terá vantagens decisivas para o futuro do nosso país.

Por outro lado, vejamos o que está na outra grande linha "ideológica" das duas que referi no início do texto. Para evitar ser chamado de sectarista, não a vou chamar de visão "leiteira". No entanto, assumo que tenho dificuldades em dar-lhe um nome que pegue. Penso que me vou ficar por agora por "segunda visão" por falta de nome mais conveniente.

A visão defendida por muitos portugueses, e que tem neste momento como principais figuras Manuela Ferreira Leite e Paulo Portas (entre outras claro), é muito simples. A nível financeiro, os seus traços são um decalcamento exacto das políticas neo-liberais que referi anteriormente - diminuição drástica do Estado Social, da influência do Estado nas decisões empresariais e corporativas, diminuição da carga fiscal ao mínimo, e benesses para grandes fortunas. Parece-me ser uma política que vem com cinco anos de atraso em primeiro lugar. Em segundo lugar, estes cinco anos de atraso ( talvez dez!) demonstraram a sua ineficácia : então não foi graças a esta política que a crise financeira rebentou? Nunca percebi a insistência dos partidos populistas portugueses nestas matérias. Apesar de ser certo e sabido que a nossa direita sempre admirou e procurou à sua medida imitar as políticas estado-unidenses, especialmente as do partido Republicano, já desde a altura do Estado Novo de Salazar, custa a perceber porque insistem numa política que está a viver um dos períodos mais negros de sempre na sua história. Não vejo grandes vantagens em "bater no ceguinho" como se diria popularmente, pois esta política neste momento, apesar de ter talvez algumas benesses, serviria apenas para perpetuar o tradicionalismo do tecido empresarial português e dar-nos-ia um pouco "mais do mesmo" do modelo que já vimos que deixou de funcionar para Portugal. Do que Portugal precisa é de uma mudança drástica de mentalidades e de atitudes, coisa que estas políticas pecam em não conseguir fazer.

A nível social e político as coisas são mais negras. Os partidos da direita portuguesa parecem ter enveredado por uma política de populismo exacerbado sem precedentes em Portugal desde o 25 de Abril. Os partidos da direita, como já referi em artigos anteriores, habituaram-nos ao discurso alarmista, ao discurso de "boatos" na comunicação social, ao discurso demagógico de caça de votos pueril, em que se procura ganhar vantagem aproveitando um clima de "pânico" e desconfiança que se vive na sociedade portuguesa, e que, a meu ver, é exagerado. Portanto não são erradas as críticas que se lhes fazem - de um certo vazio ideológico, porque na verdade é isso que o discurso populista é, que visa apenas apelar aos instintos mais básicos do nosso povo e evitar a todo o custo a discussão racional das coisas. Portugal precisa de sair do marasmo social que vive desde o início de século. Já há muito que sabemos que o nosso modelo falhou. Durante décadas vivemos sob os auspícios de um Estado autoritarista com fortes influências ideológicas das alas mais conservadoras da Igreja, e todos sabemos também que este modelo apenas nos trouxe dormência social e perpetuou o nosso provincianismo, deixando-nos num "Orgulhosamente sós" perpétuo sem vistas de uma saída ou de uma luz ao fundo do túnel. Pois neste momento Portugal corre o risto de ficar "Humilhantemente só" nas suas políticas. Portugal precisa de sair deste marasmo saloio e aceitar as influências positivas da globalização. Precisamos de uma sociedade mais moderna, mais dinâmica e mais aberta. Precisamos de garantir uma sociedade diversificada, cosmopolita, informada e crítica. Tenho sérias dúvidas que conseguíssemos fazer isso se seguíssemos as políticas que nos oferece a direita em Portugal.

Assim fica claro quem deve ganhar estas legislativas. O povo português deverá compreender o que está em jogo, e que ficou mais ou menos definido aqui, um pouco à minha maneira, mas que penso, consegui descrever bastante detalhadamente.

Avança Portugal!

Verão Quente de 2009

Como vimos uma sondagem recente prevê uma vitória socialista correspondente a 38% do eleitorado. Sondagens são o que são, mas há vários factos que devem ser salientados:


- Qualquer comparação com o resultado das Europeias é desproporcionada e irreal porque nas Europeias houve mais de 60 % de abstenção;

- As sondagens feitas para as Europeias também são maus termos de comparação. Não só pela dimensão menor que estas eleições têm na vida portuguesa, como também pela própria figura não consensual de Vital Moreira no seio do partido;

- Até ao dia 27 ainda muito pode acontecer. Chamo a atenção que a sondagem foi feita entre os dias 11 e 14 de Setembro no rescaldo dos debates televisivos, até lá muito pode mudar.

- Segundo a RTP há aproximadamente 30 e tal por cento de indecisos.


Por mim, este Verão eleitoral poderia ser facilmente apelidado de "Verão Quente de 2009". Já há muitos anos, suponho mesmo que só no pós-25 de Abril, que os ânimos não estavam tão acesos em eleições eleitorais. Independentemente de quem ganhar, estamos a viver um período político VIVO - é interessante e agradável ver os portugueses tão interessados no futuro deste País, em oposição ao povo preguiçoso e desligado que muitas vezes nós mesmos pensamos ser.

Mensagem de Esperança




A todos os que acreditam que os socialistas podem ganhar a 27 de Setembro. A última notícia do PUBLICO traz uma mensagem de esperança. Segundo uma sondagem da Universidade Católica, 38% dos portugueses votariam no Partido Socialista, 32% no PSD, 12% no BE, 7% para a CDU e para o CDS-PP, e com uma percentagem de votos nulos, brancos ou em outros partidos de 5%.
A todos aqueles que passam a vida a insultar os socialistas, saibam que estão a insultar aproximadamente 38% do eleitorado português, e talvez fosse altura de colocarem as mãos à consciência e perceberem que os socialistas são tão portugueses como vocês, apenas com ideias diferentes.

Metro de Lisboa, mobilidade

Há uma coisa que nunca percebi em Lisboa... tem que ver com os transportes públicos -
numa era em que se fala tanto de intermobilidade, a cidade de Lisboa providencia mapas separados do metro, dos comboios suburbanos, dos eléctricos. (bom, não é a minha única queixa em relação ao Metro de Lisboa, mas hoje fico-me por aqui...)

A minha pergunta é muito simples. Porque é que o mapa do metro de Lisboa é assim:








e não assim??


Ou seja um mapa que mostrasse o sistema ferroviário integrado disponível na Área Metropolitana de Lisboa?

Lisboa, que pretende ser cosmopolita e receber condignamente cidadãos do mundo inteiro, deveria ser mais "informativa".

Ainda, porque é que em vez de ser o Metro de Lisboa, a CP, o Metro Sul do Tejo, e todos os outros, a providenciarem um mapa integrado da rede, tem que ser um estrangeiro que o faz a soldo de ninguém para o distribuir depois pela Internet?

Finalmente, em termos comparativos, em todas as outras capitais do mundo, os mapas mostram as redes integradas - ora isso não acontece em Lisboa....

Porquê? Alguém sabe?

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Veja aqui o discurso censurado de José Sócrates no Seixal



Como sabem, o discurso de José Sócrates agendado para o Seixal foi alvo de uma provocação iniciada pela dupla Falâncio e Nelo do programa "Vai Tudo Abaixo"... apesar de em algumas situações achar-lhes alguma graça, hoje não tiveram graça nenhuma, porque impediram as pessoas que estavam presentes de exercer um direito básico de cidadania, que é o direito ao ajuntamento e manifestação pacíficos. De forma que acho de bom tom reproduzir aqui o discurso censurado de José Sócrates no Seixal.

Nota: Se não conseguir ver o vídeo por aqui, encontre-o no site http://http://www.youtube.com/ - procurando por "José Sócrates no Seixal" no motor de busca.

Militantes acusam Preto de comprar votos (VIDEO) - Portugal - DN




Militantes acusam Preto de comprar votos (VIDEO) - Portugal - DN

Shared via AddThis

A Política de Verdade do PPD

O PUBLICO "REDIMIU-SE"

Depois da péssima cobertura jornalística ao dia de campanha do Partido Socialista por parte do jornal PUBLICO, parece que finalmente eles se tentaram redimir!!!! ... com uma notícia um BOCADINHO menos isenta.. pronto vá lá, ao menos tentaram.

Sei que me tenho referido inúmeras vezes ao tipo de campanha POPULISTA com que os partidos de direita em Portugal nos prendaram. Sei também que muitos de vocês talvez duvidem da minha tese... como tal, e como acho que também tenho direito a alguma tipo de "redenção", gostaria de apresentar aqui a definição do termo "populismo" retirado da wikipédia francófona. Gostaria que lessem, reflectissem, e me dissessem se não tenho razão.

..Le populisme met en accusation les élites ou des petits groupes d'intérêt particulier de la société. Parce qu'ils détiennent un pouvoir, le populisme leur attribue la responsabilité des maux de la société : ces groupes chercheraient la satisfaction de leurs intérêts propres et trahiraient les intérêts de la plus grande partie de la population. Les populistes proposent donc de retirer l'appareil d'État des mains de ces élites égoïstes, voire criminelles, pour le « mettre au service du peuple ». Afin de remédier à cette situation, le leader populiste propose des solutions qui appellent au bon sens populaire et à la simplicité, mais ignore complètement les réalités de la décision politique (notamment le fait qu'elles doivent être inscrites dans un agenda, qu'elles doivent tenir compte des avis parfois contradictoires de la société civile), comme la complexité des situations décrites. Ces solutions sont présentées comme applicables tout de suite et émanant d'une opinion publique présentée comme monolithique....

Podem ler o resto no artigo da wikipédia.

....

Tenho razão, não tenho?

É triste!